sábado, 28 de fevereiro de 2015

Esperança



Muitas vezes aliada a fé, a esperança tem como fama ser a ultima a morrer, aquilo no qual nos agarramos até o fim, no desejo de dias melhores ou da permanência de dias bons. Para ter esperança é preciso mais do que crer, é preciso também saber os limites dos seus planos, a grandiosidade de seus sonhos, para saber o que é possível fazer a respeito disso – e é aí – nesse momento que entra a força de vontade, sem ela a esperança seria fraca, quase inexistente, a força de vontade é a capacidade que nós temos de superar as maiores dificuldades de nossas vidas mesmo quando ninguém mais acredita na gente, mas você acredita!

Acreditar que é possível, mesmo estando sozinho pode não dar em nada no final, mas quando se acredita, e consegue o que tanto almejava e surpreende não fulano ou sicrano, mas a si mesmo, é possível ver que nada é impossível, e que você é capaz de fazer coisas que você nem mesmo imaginaria que fosse capaz de fazer.

       Uma vez, escrevi sobre paciência e mostrei a um amigo meu, poeta, músico e compositor potiguar Mirabô Dantas, e quando ele terminou de ler ele me disse as seguintes palavras: “ – Mario, A paciência é como a espera. No I Ching a espera está definida assim: Observe as coisas sem ilusões e ansiedade. Não se desespere, apenas espere com serenidade. O perigo se encontra na precipitação e no medo. Aguarde uma época oportuna. Calma.” Isto, me faz lembrar que a esperança não pode caminhar no desespero, ela precisa ter calma, pisar em chão firme e caminhar a passos lentos ao invés de correr.

        Dizer que a esperança é a ultima que morre, é a mais pura verdade, porém, se você tiver pressa no que almeja não acreditar que seja possível, não ter força de vontade, nem fé, nem paciência, você pode ainda assim conseguir o que quer, mas será muito mais difícil. Portanto, é preciso acreditar em si mesmo, e se tiver fé em Deus, (como eu tenho) não colocar tudo nas mãos dele, O que sonhamos será realizado no momento que for devido, e a tentativa nunca é inútil, pois nela, aprendemos mais do que quando conquistamos, e conquistar o que se quer é uma das melhores coisas que um ser humano pode sentir na vida.


   
Sons do Silêncio

O medo tenta te devorar com unhas e dentes
Grita com todas as forças pra você desistir
Diz que nada importa realmente
Que acabou e é preciso admitir

Mas este medo mente
É quando você começa a sorrir
Sem saber ainda do que exatamente
É quando se sente o que se quer sentir

É quando é possível ouvir sua mente
Dizendo o que se quer ouvir
Quebrando suas correntes
Que não te deixavam sair

Um toque terno e evolvente
Um desejo de nunca partir
Um som claro e comovente
Chamando para onde se deve ir

Mário Filgueira