O que faz um ser humano gostar de outro ser humano? Às vezes duas pessoas com a
mesma história de vida, com as mesmas qualidades atraem de maneiras diferentes,
o sorriso, o toque, o olhar, pode ser similar, ou até mesmo, mais intenso, mas
uma pessoa só toca realmente a outra quando há algo “especial”, “único”, mesmo
que as duas partes queiram algo, mesmo que elas se esforcem para que dê certo,
isso não quer dizer que elas realmente se gostem, e que vão ter algo verdadeiro
e duradouro juntas, às vezes, é só a vontade de ter “aquele” alguém especial
com você.
Quando queremos uma pessoa em especial, alguém que em
primeiro momento pode nem existir realmente, criamos uma ideia, formamos em
nossas mentes aquilo que queremos, esperamos, buscamos! Criamos em nossas
cabeças uma leitura do que agrada nossos corações, então quando alguém atinge
tudo que esperamos nos interessamos e buscamos saber mais, porém, isso não é ciência
exata, e por motivos que não sabemos explicar acabamos gostando de pessoas que condizem
pouco, ou quase nada com o que queríamos para nós.
Então qual a razão dos estereótipos? Por qual razão nos apegamos em um padrão,
por que motivo uns querem pessoas parecidas e outros querem pessoas diferentes?
É muito simples, não existe uma pessoa igual à outra, nem mesmo os gêmeos, nem
mesmo clones, vivencias diferentes, experiências diferentes, personalidades
diferentes. Não podemos exigir demais do
destino, precisamos dar uma chance para o inesperado.
Soneto do Horizonte
Onde
está meu bem querer?
Onde se esconde?
E para que se esconder?
E foi pra onde?
Talvez não importe saber
Talvez eu encontre
Mesmo sem perceber
De repente no horizonte
Talvez eu encontre
Mesmo sem perceber
De repente no horizonte
E veja você
Ainda longe, distante.
Caminhando para me ver
Ainda longe, distante.
Caminhando para me ver
E nesse instante
Desisto de entender
O que é irrelevante.
Desisto de entender
O que é irrelevante.
Mário Filgueira