quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Olhando Para o Céu

Termino de escrever na sétima página, é, foi ruim, é muito difícil falar o sentimento de frustração que me envolve, eu devo ter feito algo errado, nem que seja ao menos ter escrito desta forma, ter tentando escrever numa página desconhecida talvez, o que me deixa mais chateado é fato dela destinar as palavras mais alegres para quem não deu tanto valor a ela como eu, não consigo entender o que foi aquele gostar, e só me resta olhar pra frente e tentar esquecer dessa tentativa inútil, a está página dei o meu adeus, e embora esteja mais aliviado, pois fiz o que achei que seria melhor para meu coração, não penso em escrever a oitava, eu estou me fechando para isso, agora deixarei de escrever por um bom tempo, o máximo que farei serão algumas frases, aqui e acolá, se serão belas, não sei, mas ao menos, sei que não me farão sofrer, ainda estou aqui meus amigos, ainda estou de pé, a vida continua, e assim que deve ser.


Déjà Vu

Abro minhas asas
E ergo minhas mãos
Meu olhos em brasa
Chama
(s) (d)o coração

A dor que não poderia doer
Aquilo que algum dia quis
Os olhos que nunca pude ver
Que não podem me fazer feliz

A dias, que o mundo cai na sua cabeça
E você não sabe pra onde correr
E a vida, faz tudo pra que não esqueça
Que não é a ultima vez que vai sofrer

Resta-me para o (s)céu olhar
E esquecer mais uma vez
Que aquele dia jamais iria chegar
Mesmo com tudo que se fez

As palavras não podem explicar
Mas a vida vai continuar
O sonho nem sempre acaba
Mas a dor, pode acabar

Mario Filgueira

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O Inamável


Volto às páginas, e leio novamente para entender os motivos que me levaram a escutar mais uma vez o terceiro imperdoável, relembrando cada momento, pensando se poderia parar o tempo e observar o quanto nem sempre para se ferir é preciso dizer palavras duras, hoje posso dizer que as palavras que mais doeram, foram as mais belas, pois escondida nelas havia a falsa esperança de um dia ser amado por outra pessoa, cada dia que passa e cada página que sangra, me pergunto se eu seria ou não um ser inamável? Elas nunca souberam, nem nunca saberão que embora tenha vidas diferentes, idades diferentes, pensamentos diferentes, são as mesmas palavras que acabam a me torturar, às vezes penso se não seria melhor alguma delas dizer a verdade, falar que eu não sou um ser que elas possam amar, nem que nenhuma garota possa. Um leitor superficial pode pensar na beleza, ou algo do gênero, não, não se trata disso, quando era mais jovem, pensava isso também, hoje sei que é algo bem mais profundo que isso, pois algumas das páginas acabaram por serem escritas por palavras bem mais rústicas do que as minhas. Entretanto, eu acabo sempre por achar que qualquer um pode ser melhor que eu para alguém, acredito que já tenha sido possível entender o que estou querendo dizer, e você talvez queira saber se eu vou continuar. Sim, eu vou, pois ainda não acredito que posso cair na teia de alguma página que queira ser escrita, nem que seja por que não achou um melhor para escrever, se vou ser amado, duvido, mas ao menos, vou ter um passa tempo, já que amo escrever. Antes do fim, a sétima página ainda não foi passada, eu agora, apenas não sei o que escrever nela, sinceramente.


A Espera

Ele olha para janela
Enquanto vê o sol brilhar
E continua na espera
De um dia se libertar

É jogo sem culpados
É jogo sem vencedor
Ele nunca esteve errado
Mas já é o perdedor

As folhas caem
E o vento leva
As palavras saem
Mas não sai da cela

A espera está o coração
Da certeza do inevitável
Do pedir de um perdão
Do ser que é inamável

Mário Filgueira

domingo, 26 de outubro de 2008

Certos Dias


Abro a sétima página com um sentimento um pouco diferente, enquanto escuto criações minhas e de meus amigos de sonho em incomum, fechando os olhos vendo apenas uma única preocupação, pela qual, só o tempo pode acabar, assim como na música Sinto Sua Falta, que eu e Ewerton fizemos numa noite de sábado, ele para namorada dele Taynara, e eu para a sétima página ilusória até aquele momento, que hoje quando penso, sinto que nada mais importa, olhando para o céu nesta manhã de domingo. Sol, que tenta aparecer em meio ao céu nublado, querendo chover, e como na música; estou esperando na chuva , e sonhando acordado, imaginando como séria acordar ao lado de quem tanto quero bem, enquanto ela dorme, olhando aquele rosto tão doce, tão sereno, saber que ela sente o mesmo, até cair na realidade, e ver que a distância que nos separa é tão grande quanto a força que me move a escrever, me levam a Certos Dias, música que fiz para um grande amiga minha, pela qual, me traz uma certa saudade, Certos Dias, é uma música de dor, e ao mesmo tempo de esperança, pensar que eu sonhei tantas vezes com que alguém pudesse realmente gostar de mim, que no fim dos Certos Dias, eu pude ser feliz em colocar que o sentido de minha vida pode realmente estar ao meu redor, e que minha dor, de todas as pedras que carreguei, de todas as feridas que cicatrizaram, não foram mais do que um leve passeio pelo Jardim, dando até logo para os casais fazendo piquenique, sorrindo para mim, e em meio a este jardim, talvez você esteja lá, a minha espera, ainda carrego a mesma flor de espinhos, mas acredito que já aprendi segurar na parte sem espinhos.


Passeando Pelo Jardim

E assim volto a andar pelo Jardim
Me pergunto, - Quando vou encontrar você?
Em meus sonhos você está olhando pra mim
Em um segundo. - É quando procuro entender

Passeando pelo jardim encantado
Olho para trás e posso ver
Seis cicatrizes do meu passado
Uma sorri e diz. - Continue a escrever!

Olhando para frente vejo o que tanto procurei
Tão longe, tão distante do meu olhar
Mas o que tiver a caminhar, eu caminharei

Para onde você está
Algum dia chegarei
Muito tenho a caminhar
E para onde está olharei
Lá onde está a me esperar
Alguém com quem sempre sonhei


Mário Filgueira







sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Pensamentos

Ao som de músicos poetas, fico pensando de como a vida é engraçada. Hoje descobri que é melhor rir dela, dizem que estamos aqui para aprender com nossos erros, e por isso devemos perdoar erros dos outros, pois estão suscetíveis ao erro como eu ou você. Acredito que é preciso mais para ter uma evolução, para ter uma evolução do pensamento, é preciso mudar certas atitudes. Sonhar é bom, mas não sei se ser ambicioso demais pode ser bom, quando se está muito focado em uma coisa, você acaba esquecendo de outras. O mais engraçado, é que esta vontade de agarrar tudo com as mãos. Este ‘tudo’ está dentro de cada um, mas este ‘tudo’ é diferente de pessoa pra pessoa, e isto sempre esteve dentro de você. Escondido em cada pensamento, em cada desejo, em cada sonho. Depende de você, e do caminho que você escolhe, se você quer muito uma coisa, é preciso fazer por onde. Quando pensei que tudo ia cair sobre meus ombros, que não suportaria o peso, que desmoronaria junto com a avalanche, olhei para os lados, e vi que não estava só, assim como nas historias vividas pelos músicos poetas, cada um tem sua historia de dor e sofrimento. O segredo da coisa não é desviar das pedras para não se ferir, e sim enfrenta-las sem olhar para as cicatrizes do passado.


Pedras e Cicatrizes

O céu se enche de cor
Pedras golpeiam suas costas
Buscando a cura da dor
Mesmo com perguntas sem respostas

É uma busca constante
Que só depende de nós mesmos
Vem um pensamento confortante
Mesmo com fantasmas de antigos pesadelos

Seria o simbolismo de uma farsa?
Um jogo de cartas?
Então, o que arde no peito como brasa?

Agora olho para as minhas feridas
Que hoje não passam de cicatrizes!
De memórias que ainda não foram esquecidas


Mário Filgueira

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O Imperdoável


Então me perco entre as páginas seis e sete, enquanto ouço o terceiro imperdoável, sentindo uma neblina fria e ao mesmo tempo quente, pairando no ar, esperando que eu a atravesse, enquanto presencio mais uma página de minha vida sendo passada, muitos pensamentos errados são mencionados na tentativa de me ferir, é duro saber que a mesma boca que sorri, e a mesma que se cala, é a mesma que você jamais poderia imaginar dizer coisas pelas quais, você jamais pensaria que pudessem ser pronunciadas por alguém com quem tem uma sintonia tão pura, é difícil adquirir certos bens nessa vida, a confiança é o bem mais precioso que você pode ter, mas quando você sente que não confia em você, de alguma forma, você reflete e pensa, por que confessar algo que é inconfessável. Será que não posso cometer erros? Isso seria imperdoável? Eu posso pensar assim? Nunca ter escutado “– Eu te amo” me torna um ser inamável? Depois de tudo isso, por que não sinto dor? Por que ainda sinto-me vazio? Saber dessas coisas não me fere? Será que sou incessível, ou apenas me conformei com esse destino? Não, esse não é o meu destino, não é o seu também, ainda não estou nem na metade da vida, e enquanto há vida, ainda há esperança, enquanto ainda há esperança, ainda há possibilidade de ser feliz, pois se eu não acreditasse que a busca pela felicidade não fosse o sentido da vida, eu já teria começado a escrever minha carta de despedida.
O Imperdoável

A cura não pôde encontrar
Para um coração cego
Que não poderia amar
Apenas alimentava o ego

O imperdoável se atirou
Mas nunca quis cair
A mão que o segurou
É a mesma que viu partir

E sem olhar pra trás
Ele continua a caminhar
Em busca de sua paz

Sabe que é preciso acreditar
Corre atrás do ilusório sonho
Algo que ainda não pode encontrar

Mário Filgueira